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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

We'll always have Paris...

La Gargouille de Notre Dame - Robert Doisneau - 1949
Nos encontramos entre o espaço e o tempo, em uma dimensão que ninguém mais conhece. E talvez não tenha sido por acaso. Agora temos, os dois, uma portinha pra esta estranha dimensão, onde a gente materializa em Paris e Tóquio quando quer se ver. E quando, noite sim noite não, eu penso que seria bom te ter aqui para um jantar e uma cerveja, lá vamos nós viajar.

Aquele dia em Paris foi estranho, a Torre Eiffel parecia um pouco menor e a pirâmide do Louvre estava naufragada em uma pedreira, mas quem liga pra isso quando podemos viajar por estes lugares em que as senhoras europeias dormem cedo e nós, se pudéssemos, nem dormiríamos.

Eu quis por alguns instantes ficar presa no mundo paralelo, perder o ônibus, esquecer os táxis. Eu quis te ter por perto mais tempo, sem te conhecer, pra te conhecer. E ser pra ti sempre doce, (quase) nunca dócil, te levar pra passear nos lugares obscuros onde vivem monstros, fantasmas e uma necessidade insaciável de explosões cósmicas e formações de supernovas.

"Foge comigo pra outra dimensão?", eu perguntei. Você topou. Mas enquanto não conseguimos desafiar a física e experimentar a química, we'll always have Paris.

  • para ler ouvindo: Jesus and  Mary Chain - Just Like Honey

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